tag:blogger.com,1999:blog-34253967030828916312024-02-19T09:12:49.834-08:00Quilombo DDAluis gustavohttp://www.blogger.com/profile/09730238870169745206noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-3425396703082891631.post-68075825319200936702011-10-08T08:40:00.000-07:002011-10-08T08:40:31.216-07:00Estratégia de tratamento<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;">Sabendo que os pacientes com TDAH têm uma hipoatividade do córtex pré-frontal, vamos ajudá-los a ativar o córtex pré-frontal com atividades produtivas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"></span> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"></span><strong><span style="color: #339966;"><span style="font-family: verdana, geneva;">1ª Estratégia - Desenvolva um foco claro: </span></span></strong></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;">Isso se faz através do estabelecimento de metas diárias, semanais, a curto, médio e longo prazo. Vocês lembram que o córtex pré-frontal, entre outras atividades, faz justamente isso- planeja. Se não planeja, preocupa-se. Vamos dar metas para substituir preocupações inúteis. Sento com o meu paciente e o ajudo a escrever no papel suas metas. Essas metas precisam seguir regras claras: elas necessitam ser da pessoa, ser alcançáveis, datadas, ecológicas( isto é, não podem ferir a lógica nem causar danos a si ou terceiros) e precisam possuir um programa passo-a- passo detalhado para a execução. Gosto de usar a "roda da vida"( uma ferramenta de coaching), onde avaliamos as diferentes áreas da vida da pessoa que precisam de cuidados. Isso inclui os relacionamentos, o trabalho/escola, o manejo financeiro, o autocuidado, a espiritualidade e outros.</span></div><div style="text-align: justify;"><strong><span style="font-family: verdana, geneva;"><span style="color: #339966;"></span></span></strong> </div><div style="text-align: justify;"><strong><span style="font-family: verdana, geneva;"><span style="color: #339966;">2ª Estratégia -</span></span> </strong><span style="color: #339966;"><strong><span style="font-family: verdana, geneva;">Concentrar-se no que gosta e não no que não gosta: </span></strong></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;">O cérebro não lida com o " não", por isso se você pensar no que não quer, vai consegui-lo! Pense no que quer, canalize suas energias e entusiasmo na busca de metas excitantes. Não podemos bloquear o fluxo de energia de alguém com TDAH, mas podemos canalizá-lo! Esse vai ser um grande desafio, já que a tendência neurológica de focalizar os aspectos negativos dos projetos está sempre à espreita. Mas com bastante treino, tudo se consegue.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"></span> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"></span><span style="font-family: verdana, geneva;"><span style="color: #339966;"><strong>3ª Estratégia - </strong></span></span><span style="color: #339966;"><strong><span style="font-family: verdana, geneva;">Organize-se e procure ajuda de terceiros: </span></strong></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;">Separe tempo extra, esvazie a agenda ( isso deixa tempo extra) , dê prioridade a poucos projetos, marque prazos com bastante antecedência, carregue uma agenda com no máximo seis compromissos diários distribuídos por ordem de importância, use agendas e despertadores, divida tarefas grandes em micrometas, delegue e faça as tarefas mais incômodas primeiro. Segundo Brian Tracy, um coach internacional, " coma o sapo gelado no café da manhã".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"></span> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"></span><strong><span style="font-family: verdana, geneva;"><span style="color: #339966;">4ª Estratégia</span></span> <span style="color: #339966;">- <span style="color: black;"> </span></span></strong><span style="font-family: verdana, geneva;"><span style="color: #339966;"><strong><span style="color: black;">Pratique Neurobiofeedback e Meditação</span></strong></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"><span style="color: #339966;"> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"><span style="color: #339966;"></span></span><span style="color: #339966;"><strong><span style="font-family: verdana, geneva;">5ª Estratégia -</span> </strong></span><span style="font-family: verdana, geneva;"><span style="color: #339966;"><strong>Pare de ser o estimulante de alguém:</strong></span></span><span style="font-family: verdana, geneva;"></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;">Fale calmamente, se começar a sair do controle, vá ao banheiro ou vá tomar um cafezinho. Use o humor para acalmar os ânimos. Seja um bom ouvinte. Quando tiver a tentação de interromper ou terminar a frase do interlocutor, conte até 10. Mesmo que tenha uma resposta pronta, peça tempo para pensar a respeito de qualquer coisa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"></span> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"></span><span style="color: #339966;"><span style="font-family: verdana, geneva;"><strong>6ª Estratégia - </strong></span><strong><span style="font-family: verdana, geneva;"><span style="color: black;">Considere o uso de medicamento para o córtex pré-frontal.</span></span></strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #339966;"><strong><span style="font-family: verdana, geneva;"></span></strong></span> </div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #339966;"><strong><span style="font-family: verdana, geneva;"></span></strong></span><span style="color: #339966;"><strong><span style="font-family: verdana, geneva;">7ª estratégia: Alimente o seu córtex pré-frontal com os alimentos corretos: </span></strong></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;">Invista nas proteínas(carnes magras, ovos, queijos magros, nozes , legumes, atum, frango, peixe,), suplementação de omega 3, e reduza os carboidratos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"></span> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;"></span><span style="font-family: verdana, geneva;"><span style="color: #339966;"><strong>8ª estratégia: Pratique Exercícios Físicos Aeróbicos: </strong></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;">Eles liberam neurotransmissores importantes e fazem bem ao coração e à memória!</span></div>Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3425396703082891631.post-41794739072193821302011-10-08T08:38:00.001-07:002011-10-08T08:38:23.663-07:00Diagnóstico<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;">O Diagnóstico de TDAHI não aprisiona, quando a pessoa é de fato TDAH, ele liberta. Por que ao invés de mantê-la aprisionada no estigma de irresponsável, burra, negligente, incapaz, coloca um ponto final na sucessão de preconceitos e abre um espaço para sua inclusão. Todos os portadores merecem ser entendidos em suas especidades.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana, geneva;">O Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos (CDC – Centers for Disease Control and Prevention) alerta que o diagnóstico do TDAHI deve ser feito somente por profissionais treinados e qualificados na área da saúde mental, visto que vários sintomas presentes no TDAHI também são observados em outras patologias, sistêmicas e neuropsiquiátricas.<br />
<br />
Na atualidade, tem sido fonte de preocupação a emissão de diagnósticos de TDAHI realizados por profissionais não médicos. Isso ocorre devido à falsa crença que o diagnóstico pode ser realizado apenas com o uso de escalas respondidas por pais e professores. No entanto, a presença dos sintomas não é o único pré-requisito; Também é de fundamental importância que eles causem um prejuízo significativo na vida acadêmica e social dos portadores e não sejam associados a outras doenças sistêmicas e/ou neuropsiquiátricas, cuja diferenciação, muitas vezes, só é possível através de uma anamnese ampla e detalhada, e em algumas situações específicas complementada com exames laboratoriais. Como não existe um marcador laboratorial, um teste de imagem (MRI ou PET scan) ou um teste neuropsicólogico específico para o diagnóstico, e também pelo fato do TDAH causar um comprometimento generalizado do processamento de informações pelo Sistema Nervoso Central, é necessário que as crianças sejam submetidas a uma análise minuciosa do comportamento: quando e por quanto tempo vem demonstrando os sintomas, se estão presentes em casa, na escola e na comunidade, se causam prejuízos significativos. <br />
<br />
Também é essencial realizar testes das funções corticais superiores, como atenção, percepção, linguagem, coordenação e memória. Estas investigações devem integrar as avaliações de profissionais das áreas multidisciplinares. Ao longo do processo devem ser analisadas informações provenientes de entrevistas semi-estruturadas colhidas do próprio portador, familiares e dos professores, assim como devem ser aplicados os critérios operacionais estabelecidos pelo DSM-IV-TR. Estes procedimentos resolvem as dificuldades de interpretar os sintomas na maioria dos casos, e auxiliam o médico a não emitir um parecer baseado em informações de uma única fonte ou não definir um perfil de comportamento mediante observações de uma única consulta. <br />
<br />
O diagnóstico pode oferecer dificuldades quando se refere aos lactentes e pré-escolares. Os critérios operacionais do DSM-IV-TR não são confiáveis para crianças menores de 4 anos e 6 meses, e até certo ponto, níveis inadequados de atenção, hiperatividade e impulsividade podem ser comportamentos normais nestas idades. Somente o acompanhamento do desenvolvimento da criança com monitoração de atividades que envolvem sua atenção e comportamento oferecerá ao médico a possibilidade de um diagnóstico inequívoco.</span></div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3425396703082891631.post-77945676299068168722011-10-08T08:37:00.001-07:002011-10-09T10:23:28.655-07:00Sintomas<div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-decoration: none;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj7FZ9n-xjcYBdNL1BN0_EqMf6B1jrJI5uClQEY6enOR-uMEVc_3nmh438u-4nvHRZgESz5B_dqAqEZltjFX-Z6sCveDaP0YJcoZ1i_mGJ2zwexiZ7-Cl8Lu6MrkpPzE7awEHvYCulR0U/s1600/tdah_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj7FZ9n-xjcYBdNL1BN0_EqMf6B1jrJI5uClQEY6enOR-uMEVc_3nmh438u-4nvHRZgESz5B_dqAqEZltjFX-Z6sCveDaP0YJcoZ1i_mGJ2zwexiZ7-Cl8Lu6MrkpPzE7awEHvYCulR0U/s1600/tdah_02.jpg" /></a></div><br />
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<span style="color: #339966;"><strong><span style="font-family: verdana, geneva;">Critérios de Brown (resumidos) para suspeita de TDAH</span></strong></span></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana, geneva;">1.<strong>Ativação e Organização no Trabalho</strong>: dificuldades em iniciar tarefas, organizar-se, estimular-se sozinho para rotinas diárias.</span></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana, geneva;">2.<strong>Sustentação da Atenção</strong>: dificuldades para manter a atenção nas tarefas, distração ou "sonhos acordados" excessivos durante o dia, em especial enquanto está ouvindo ou lendo por obrigação.</span></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana, geneva;">3.<strong>Manutenção da Energia e Esforço</strong>: dificuldades em manter um nível consistente de energia e esforço nas tarefas, sonolência diurna, "cansaço" mental.</span></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana, geneva;">4.<strong>Instabilidade do humor e hiper-sensibilidade à crítica</strong>: irritabilidade variável e não desencadeada por fatores externos, aparente "falta de motivação", rancor exagerado.</span></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana, geneva;">5.<strong>Dificuldades com a memória</strong>: dificuldades na lembrança de material recente (nomes, datas, fatos) e remoto.</span></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><br />
</div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana, geneva;">É importante observar que os critérios de Brown pecam por ignorar a presença de um sintoma extremamente freqüente nos casos de TDAHI: o comprometimento da capacidade de inibir respostas, aspecto descrito na literatura como "impulsividade".</span></div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3425396703082891631.post-73666216908785137722011-10-08T08:25:00.001-07:002011-10-08T08:29:30.761-07:00Quadro clinico<div class="itemFullText"><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><strong><span class="subtitulo">Sintomas em crianças e adolescentes</span>:</strong><br />
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As crianças com TDAH, em especial os meninos, são agitadas ou inquietas. Freqüentemente têm apelido de "bicho carpinteiro" ou coisa parecida. Na idade pré-escolar, estas crianças mostram-se agitadas, movendo-se sem parar pelo ambiente, mexendo em vários objetos como se estivessem “ligadas” por um motor. Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira, falam muito e constantemente pedem para sair de sala ou da mesa de jantar. <br />
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Elas têm dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes. Elas são facilmente distraídas por estímulos do ambiente externo, mas também se distraem com pensamentos "internos", isto é, vivem "voando". Nas provas, são visíveis os erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc.). Como a atenção é imprescindível para o bom funcionamento da memória, elas em geral são tidas como "esquecidas": esquecem recados ou material escolar, aquilo que estudaram na véspera da prova, etc. (o "esquecimento" é uma das principais queixas dos pais). Quando elas se dedicam a fazer algo estimulante ou do seu interesse, conseguem permanecer mais tranqüilas. Isto ocorre porque os centros de prazer no cérebro são ativados e conseguem dar um "reforço" no centro da atenção que é ligado a ele, passando a funcionar em níveis normais. O fato de uma criança conseguir ficar concentrada em alguma atividade não exclui o diagnóstico de TDAH. É claro que não fazemos coisas interessantes ou estimulantes desde a hora que acordamos até a hora em que vamos dormir: os portadores de TDAH vão ter muitas dificuldades em manter a atenção em um monte de coisas.<br />
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Elas também tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não lêem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem antes de pensar). Freqüentemente também apresentam dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem ou precisam fazer.<br />
Seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual. O TDAH não se associa necessariamente a dificuldades na vida escolar, embora esta seja uma queixa freqüente de pais e professores. É mais comum que os problemas na escola sejam de comportamento que de rendimento (notas).<br />
<br />
Um aspecto importante: as meninas têm menos sintomas de hiperatividade-impulsividade que os meninos (embora sejam igualmente desatentas), o que fez com que se acreditasse que o TDAH só ocorresse no sexo masculino. Como as meninas não incomodam tanto, eram menos encaminhadas para diagnóstico e tratamento médicos.<br />
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<strong><span class="subtitulo">Sintomas em adultos</span></strong>:<br />
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A existência da forma adulta do TDAH foi oficialmente reconhecida apenas em 1980 pela Associação Psiquiátrica Americana. E, desde então inúmeros estudos têm demonstrado a presença do TDAH em adultos. Passou-se muito tempo até que ela fosse amplamente divulgada no meio médico e ainda hoje, observa-se que este diagnóstico é apenas raramente realizado, persistindo o estereótipo equivocado de TDAH: um transtorno acometendo meninos hiperativos que têm mau desempenho escolar. Muitos médicos desconhecem a existência do TDAH em adultos e quando são procurados por estes pacientes, tendem a tratá-los como se tivessem outros problemas (de personalidade, por exemplo). Quando existe realmente um outro problema associado (depressão, ansiedade ou drogas), o médico só diagnostica este último e “deixa passar” o TDAH.<br />
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Atualmente acredita-se que em torno de 60% das crianças com TDAH ingressarão na vida adulta com alguns dos sintomas (tanto de desatenção quanto de hiperatividade-impulsividade) porém em menor número do que apresentavam quando eram crianças ou adolescentes.<br />
Para se fazer o diagnóstico de TDAH em adultos é obrigatório demonstrar que o transtorno esteve presente desde criança. Isto pode ser difícil em algumas situações, porque o indivíduo pode não se lembrar de sua infância e também os pais podem ser falecidos ou estar bastante idosos para relatar ao médico. Mas em geral o indivíduo lembra de um apelido (tal como “bicho carpinteiro”, etc.) que denuncia os sintomas de hiperatividade-impulsividade e lembra de ser muito “avoado”, com queixas freqüentes de professores e pais.<br />
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Os adultos com TDAH costumam ter dificuldade de organizar e planejar suas atividades do dia a dia. Por exemplo, pode ser difícil para uma pessoa com TDAH determinar o que é mais importante dentre muitas coisas que tem para fazer, escolher o que vai fazer primeiro e o que pode deixar para depois. Em conseqüência disso, quem TDAH fica muito “estressado” quando se vê sobrecarregado (e é muito comum que se sobrecarregue com freqüência, uma vez que assume vários compromissos diferentes), pois não sabe por onde começar e tem medo de não conseguir dar conta de tudo. Os indivíduos com TDAH acabam deixando trabalhos pela metade, interrompem no meio o que estão fazendo e começam outra coisa, só voltando ao trabalho anterior bem mais tarde do que o pretendido ou então se esquecendo dele.<br />
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O portador de TDAH fica com dificuldade para realizar sozinho suas tarefas, principalmente quando são muitas, e o tempo todo precisa ser lembrado pelos outros sobre o que tem para fazer. Isso tudo pode causar problemas na faculdade, no trabalho ou nos relacionamentos com outras pessoas. A persistência nas tarefas também pode ser difícil para o portador de TDAH, que freqüentemente “deixa as coisas pela metade”.</div></div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3425396703082891631.post-2539242739457995422011-10-08T08:18:00.001-07:002011-10-08T08:18:07.763-07:00O que é o TDAH?<strong>O que é o TDAH?</strong><br />
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.<br />
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<strong>Existe mesmo o TDAH?</strong><br />
Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola.<br />
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<strong>Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?</strong><br />
Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno.<br />
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<strong>Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?</strong><br />
Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.<br />
No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus “resultados” em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.<br />
Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto.<br />
Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa conseqüências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma “aparência” de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.<br />
Veja um texto a este respeito e a resposta dos Professores Luis Rohde e Paulo Mattos:<br />
<a $included="null" href="http://www.tdah.org.br/index.php?option=com_k2&view=item&layout=item&id=221&Itemid=147&lang=br"><strong><span style="color: #689cb9;">Why I Believe that Attention Deficit Disorder is a Myth</span></strong></a><br />
<a $included="null" href="http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah/item/222.html" target="_self"><strong><span style="color: #689cb9;">Porque desinformação, falta de raciocínio científico e ingenuidade constituem uma mistura perigosa</span></strong></a><br />
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<strong>O TDAH é comum?</strong><br />
Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.<br />
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<strong>Quais são os sintomas de TDAH?</strong><br />
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:<br />
<strong>1) Desatenção</strong><br />
<strong>2) Hiperatividade-impulsividade</strong><br />
O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.<br />
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.<br />
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<strong>Quais são as causas do TDAH?</strong><br />
Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.<br />
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.<br />
O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).<br />
Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.<br />
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<strong>A) Hereditariedade:</strong><br />
Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).<br />
Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo "desatento" ou "hiperativo" simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.<br />
Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc...). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.<br />
A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único "gene do TDAH". Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.<br />
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<strong>B) Substâncias ingeridas na gravidez:</strong><br />
Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.<br />
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<strong>C) Sofrimento fetal:</strong><br />
Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.<br />
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<strong>D) Exposição a chumbo:</strong><br />
Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.<br />
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<strong>E) Problemas Familiares:</strong><br />
Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).<br />
Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.<br />
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<strong>F) Outras Causas</strong><br />
Outros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH:<br />
1. corante amarelo<br />
2. aspartame<br />
3. luz artificial<br />
4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide)<br />
5. deficiências vitamínicas na dieta.<br />
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Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram desacreditadasAnonymousnoreply@blogger.com0